TARÓLOGO INTERPRETA SÍMBOLOS E NÃO SUA VIDA

Você entende como funciona o trabalho de um tarólogo na prática?

Uma situação que costuma acontecer bastante é a do consulente esperar que o tarólogo seja onisciente e interprete sua vida. Porém, não é da alçada do profissional fazê-lo.

Imagine que você quer muito ler um autor alemão e não sabe nada dessa língua. O que você faz? contrata um tradutor e aguarda por seu trabalho. Quando você tem em mãos o texto traduzido, você mesmo analisa as frases e conceitos. Você não liga para o tradutor perguntando o que ele acha de X passagem. A não ser que a tradução esteja confusa, a função do tradutor foi realizada.

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O mesmo processo acontece com o tarólogo. Você quer muito saber sobre certo aspecto da sua vida, mas você não tem conhecimento daqueles símbolos. Você contrata o cartomante para fazer este serviço por você. Quando as cartas saem, ele lhe diz o que significam. Neste ponto, ao invés do cliente fazer como a pessoa do exemplo acima, ele começa a bombardear o profissional com perguntas como: mas eu devo fazer o que? mas por que ele sente isso? exatamente quando isso vai acontecer? se isso acontecer, eu vou fazer x ou y? o que você acha sobre esta situação? O tarólogo não sabe. Ele não conhece o consulente, nem deve, justamente para manter a objetividade e o distanciamento.

Portanto, se ele diz que você tende a cometer um erro, ele não sabe que erro será este e nem em que circunstâncias ou com quais pessoas. Se diz que você precisa mudar seu paradigma, ele não sabe quais são suas crenças atuais e para quais deve alternar. Se diz que você precisa seguir em frente com seus objetivos, não sabe que metas são estas. Por fim, se nas cartas saem que você está se iludindo, ele não tem como afirmar quais são as ilusões. Cabe ao consulente fazer seu autoexame e descobrir.

O tarólogo é um intermediário, um mensageiro. Ele apenas faz a ponte entre você e o oráculo.

Desse modo, se você está confuso com as respostas, ao invés de perguntar ao profissional, pergunte as cartas novamente: o que posso fazer para não errar? em que área se encontra o potencial erro? quais são as crenças equivocadas? o que devo aprender em determinada situação? terei sucesso se continuar com objetivo x?.

Escute os conselhos, espere um tempo até que os conceitos maturem ao invés de esperar que o cartomante faça leituras super explícitas do tipo: “olha, você vai ser mandada embora do seu trabalho em março, depois que realizar um trabalho para um grande cliente e este não gostar, então, seu chefe irá lhe fazer uma proposta de reduzir seu salário para compensar o prejuízo que a empresa sofreu. No entanto, você não vai aceitar por conta do seu orgulho, vai jogar a culpa no colega e acabar sendo mal falada na área, não sendo contratada por mais ninguém.”

Não há como ter este nível de detalhamento pois os conjuntos de arcanos, embora falem o que vai acontecer em essência, abrem margem para inúmeras possibilidades que só o consulente pode deduzir com acerto, já que se trata da vida dele.

Por exemplo, a situação descrita acima provavelmente traria cartas como Mago/ 6 de Espadas (trabalho feito com negligência ou sem vontade) + Justiça/8 de Espadas (conversa com o chefe, no qual se tenha manipular a verdade) + Torre/ Rainha de Espadas (demissão com caminho improdutivo no qual você não aceita o desfecho) +Pendurado/ 2 de Espadas (estagnação com ninguém querendo contratar).

A questão é que o profissional ao se deparar com estas cartas, dirá o seguinte: Suas ações no trabalho não estão sendo feitas da maneira apropriada, está faltando entusiasmo ou direção (Mago/ 6 de Espadas). Por isso, você poderá ser avaliado ou se vir numa situação de muita cautela. Infelizmente, você tende a insistir no erro (Justiça/ 8 de Espadas). Isso tende a gerar uma mudança indesejada que você verá como injusta, embora não o seja (Torre/ Rainha de Espadas). E, justamente por insistir nisso, seus caminhos ficarão fechados. Somente com mudança de postura, algo poderá acontecer (Pendurado/ 2 de Espadas).

Ora, esta descrição poderia se aplicar a outros cenários: A) o consulente está empurrando o trabalho com a barriga, age de forma antiética, é descoberto e depois cai no ostracismo, embora culpe os outros por isso; B) o consulente não sabe bem qual é o melhor caminho profissional, faz uma má escolha, não dá certo e, ao invés de admitir que é um erro, continua achando que vai encontrar outra vaga muito melhor na mesma área e não sai do lugar.

Percebe?

Então, lembre-se sempre disso: o tarólogo não é vidente e ele não tem as respostas para sua vida. Quem as tem são as cartas. Pense no tarólogo como um aparelho telefônico possibilitando que vocês conversem entre si e se compreendam.

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