O Imperador é aquela pessoa que acha que pode tudo, que está em suas mãos decidir sobre si e sobre os outros. Neste sentido, todas as pessoas ao redor devem ajudá-la, elogiá-la, agradecê-la, pois, na mente dela, está fazendo de tudo para protegê-las e mantê-las estáveis.
A questão é que nem sempre os outros desejam que alguém escolha por eles, pois, se for para errar, é melhor que seja algo individual. Afinal, como poderemos nos responsabilizar (e consequentemente aprender) por decisões nas quais não participamos?
É claro que muitos de nós acha mais cômodo ter alguém assim por perto, pensando, optando, planejando, organizando, enfrentando os problemas, buscando as soluções por nós.
Por isso, um casal no qual um seja um Imperador e o outro um mero súdito, funciona e muitos relacionamentos machistas se constroem dessa maneira. O homem trabalha, o homem provê, o homem escolhe a roupa, o restaurante, o filme, o passeio, onde investir o dinheiro, onde passar as férias.
A parceira apenas responde: “sim, bem, o que quiser, meu amor, você que sabe”.
Claro que isso não se restringe a relacionamentos heterossexuais. Além disso, há contextos nos quais o homem é subalterno à mulher, sendo ela então o Imperador encarnado.
O ponto central dessa reflexão é que, se houver consciência da dinâmica, não há problema, pois foi feito um acordo tácito entre as partes. Em outras palavras, eu prefiro ser cuidada e você prefere cuidar ou vice-versa.
As dores começam quando se vive uma ilusão, quando o parceiro que se submete o faz por baixa autoestima ou medo e o que se impõe por falta de empatia e amor verdadeiro.
Portanto, fique atento!
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Baralho: Cosmic Tarot – Norbert Losche – AGM-Urania 1986