TARÔ NÃO É ACHISMO

Aqueles que desconhecem o Tarô, podem pensar que o tarólogo olha as cartas e começa a fazer associações aleatórias, de modo que alguma se encaixará na vida do consulente ou que falará coisas apenas para satisfazê-lo.

Só quando se começa a conhecer mais a respeito é que se percebe que existe um padrão nas respostas do profissional. Ou seja, a carta da Torre nunca será lida como alegria e paz; a do 4 de Copas não será retratada como um momento de dinamismo e agitação e o Cavaleiro de Copas não será uma pessoa sensata e de raciocínio frio.

Nosso trabalho consiste em aplicar o significado fixo dos arcanos dentro do contexto e pergunta feita.

Por exemplo, se deseja saber se irá ser promovido e sai Pendurado, a resposta é não, já que não existe mudança na situação. O tarólogo não pode simplesmente forçar uma interpretação que o arcano não permite. Ou seja, não pode responder esta pergunta, olhando o arcano 12 e afirmar algo como: se você esperar e tiver fé terá sua promoção. A pergunta não foi um pedido de conselho e sim uma tendência de futuro na profissão.

Seguir os significados das cartas, sem tentar corrompê-los, garante uma leitura mais correta e imparcial, que não será contaminada pelo que achamos da situação. Afinal, quantas vezes, pela narrativa do consulente, não achamos que as coisas não irão dar certo e sai um Sol? Nossa opinião não interessa no momento do jogo. Somos apenas interpretes.

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