Existe uma ilusão que se repete indefinidamente: a de que as coisas é que possuem valor e não o que temos dentro de nós. Em parte isso acontece porque não temos muito acesso ao nosso inconsciente. Basicamente, lampejos de nossa riqueza interior surgem através de sonhos, de “sinais”, “coincidências”, pessoas, acontecimentos, doenças, acidentes…
Assim, ao invés de entender que tudo isso são espelhos que nos permitem olhar para o interno, para nos entendermos melhor e evoluirmos, nos confundimos e acabamos nos apegando a pessoas, acumulamos objetos e colocamos nossa fé em remédios, tratamentos ou em instituições de todos os tipos, inclusive as religiosas.
Desse modo, nos afastamos cada vez mais do que é essencial e, em casos extremos, nos tornamos avarentos, não só no sentido monetário, mas também de amor, de amizade, de tolerância. Ao invés de sermos ricos em nós mesmos, nos tornamos pobres de espírito, posto que precisamos sempre que o exterior venha nos preencher.
Olhe para tudo aquilo que você possui (ou acha que possui) e tente encontrar um correspondente interno. Por exemplo, se você acredita que tem o amor de alguém, veja que ama a si mesmo de verdade. Se você precisa de coisas caras para se sentir rico, analise se, no fundo, o que existe mesmo é um grande sentimento de escassez. Se você precisa estar num templo para se sentir perto de Deus, veja se sua fé não está abalada e assim por diante.
Você poderá descobrir que soltar coisas e pessoas é mais reconfortante do que segurá-las para sempre.