DIVINAÇÃO X ORIENTAÇÃO

Penso que cada tarólogo tenha seu estilo de leitura, no qual se sinta mais confortável.

É tal como na psicologia: há linhas que tratam mais dos traumas passados, outras se preocupam mais com seu bem-estar atual, por fim, existem aquelas que focam em exercícios para mudar o seu comportamento.

O mesmo acontece no Tarô.

Existem tarólogos interessados mais na adivinhação e outros na orientação. Eu me enquadro mais no segundo exemplo, pois, a meu ver não é muito útil você saber o que acontecerá se não puder usar esta informação a seu favor.

Por exemplo, eu poderia dizer  que o consulente perderá o emprego e só. Isso o deixaria preocupado, aflito, fazendo até com que isso acontecesse mais rápido. Agora, se eu explico o que o está fazendo perder o emprego, ele pode melhorar desde agora. Nem sempre se conseguirá mudar o desfecho, mas este conhecimento pode suavizar bem a situação, pois o consulente lidará melhor com ela e até se reerguerá mais rapidamente.

Quanto ao senso comum de que o tarólogo “capta o consulente”, penso que isso seja problemático, pois traz a ideia de que lemos sempre por intuição e não por técnica.

Assim, se eu tirar Lua para o amor, significa confusão, ciumes, paixão, baixa autoestima, medo, mas nunca poderei dizer equilíbrio, confiança, clareza, mesmo que sinta, pelo que a pessoa está me dizendo, que ela tem um relacionamento tranquilo. Ou seja, pela técnica, tenho o que ler o que a carta diz, mesmo que eu sinta ou pense algo diverso. Tal separação assegura a confiabilidade da leitura, já que a mesma não estará sujeira às minhas impressões, experiências de vida e preconceitos.

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