Temos aqui um arcano menor muito semelhante ao Pendurado, pois a pessoa vive no erro e não o assume e, muitas vezes, nem o percebe. Por isso, permanece presa e limitada, sofrendo as consequências de suas escolhas.
Quando esta carta sai é preciso ter humildade de fazer uma autocrítica e analisar o que você vem fazendo na vida.
Será que não está manipulando as pessoas? Procurando atos ilícitos? Sendo desleal?
Nem sempre nossas más ações são coisas grandiosas e dignas de cadeia. Pode tanto ser a emissão de uma meia nota, uma mentira corriqueira para o marido a respeito daquele seu amigo, o empréstimo que você finge que não tem. O contrabando que traz escondido no fundo da mala. O compartilhamento do video que você sabia ser falso. O voto no político por troca de favores…
A questão é que uma hora ou outra somos pegos e descobertos e o instante da censura pública é anunciado justamente na hora em que puxamos este arcano do baralho. Desse modo, não há o que fazer a não ser reconhecer o equívoco e se corrigir.
Afinal, se não aproveitarmos a oportunidade do Destino (dolorida, eu sei) para fazê-lo, iremos depois vivenciar todo o sofrimento e tormento do 9 de Espadas e a conclusão na marra do 10 de Espadas, que tem que abrir mão de tudo para seguir em frente.
Ou seja, ou você usa a vela da imagem para sair da gruta ou se afunda cada vez mais na escuridão até o ponto de perder a noção do que é certo ou errado.
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Baralho: Tarô da Criança Interior – Isha Lerner, Mark Lerner, Christopher Guilfoil – Bear & Co 1992
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