Sabe como este conto se conecta com o Sacerdote do Tarô?
Este conto, do francês Charles Perrault, foi publicado em 1697 e fala sobre uma divisão de herança entre 3 irmãos. Enquanto os dois primeiros recebem itens valiosos como o moinho e o burro, o mais novo fica com um gato.
Sentindo-se em desvantagem, o rapaz é surpreendido ao constatar que o animal não só falava, como era dotado de enorme inteligência. Afinal, com lábia (e botas), conquistou para ele dinheiro, fama e um casamento vantajoso.
Considerei curiosa a associação dessa narrativa com o Sacerdote porque, embora a figura do gato seja a de um mentor/orientador, a base de princípios que usa é diversa daquele.
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Por exemplo, o nosso Papa tem valores como benevolência, integridade, verdade, seguindo as leis e os bons costumes. Já o Gato de Botas da história é um golpista. Ele mente, cria situações e faz um bem sucedido marketing político de seu dono. Portanto, está seguindo mais uma linha de esperteza que de honestidade e ética. Neste sentido, ele me evoca mais um Diabo que um Sacerdote.
De todo modo, a mensagem central do conto é: com inteligência, organização, calma e preparação (todos atributos do Arcano V), podemos criar situações favoráveis a nós. É isso que o Gato ensina e, seu dono só lucra ao seguir suas instruções.