Quem é mais importante? O carvalho ou o bambu, pergunta a imagem. O bambu é menor, porém flexível. O carvalho é muito forte, mas rígido.
Nós temos o costume (ou seria a mania?) de ficarmos constantemente traçando comparações entre nós e entre os objetos e situações. Assim, caímos no complexo do melhor/pior, bom/mau, bonito/feio, útil/inútil, certo/errado.
Por uma questão de organização mental, é até aceitável que tentemos separar uma coisa da outra, até para tomarmos melhores decisões ou compreendermos pessoas e situações com mais clareza.
O que se torna nocivo é quando utilizamos o hábito da comparação para nos auto-afirmarmos ou causar a desunião, rotulando cegamente, esquecendo da essência maior de cada coisa no Universo.
Ou seja, se eu me encontro com alguém e digo para mim mesma que sou melhor, já criei uma relação crítica de superioridade-inferioridade, que vai me desconectar daquela pessoa e me impedir de aprender qualquer coisa por meio dela.
Por isso, é muito fácil se perder na arrogância e desenvolver uma mente fechada quando apenas vemos o rótulo, que, na maioria das vezes, é projetado por nossos próprios defeitos. Isso significa que às vezes a pessoa nem é ignorante, por exemplo. É a nossa mediocridade interior que dá vazão através daquilo que achamos que o outro é.
Por isso que existe tanta discórdia. Estamos constantemente combatendo nossas sombras nos outros, jogamos nossas expectativas e não lidamos verdadeiramente com aquilo que cada um é de verdade.
É, tal como no clássico 5 de Espadas, ganhamos batalhas, sem perceber que na verdade, não houve vencedores.