No Tarô de Osho, esta carta, geralmente associada a trabalho, minúcia, detalhe, aprimoramento e mesmo perfeccionismo, é vista como a imagem da simplicidade, trazendo uma pessoa no meio de um bosque, carregando um cesto cheio de flores. Aparentemente, esta diferença de significados acontece porque, neste baralho, as cartas de Ouros são representadas pelo Arco-íris e assim, têm um clima muito mais ligado às coisas naturais/corpo físico que propriamente ao dinheiro/trabalho.
Porém, se pensarmos bem, veremos que existe uma relação entre a vontade de fazer as coisas bem feitas do 8 de Ouros tradicional com a paz e a felicidade de se fazer aquilo que se gosta, desta versão. Afinal, quando entendemos que para sermos verdadeiramente integrados, é preciso aprender antes a ser simples, considerando todo e qualquer momento especial, obviamente iremos desfrutar mais do ato em si, do que dos resultados que virão, embora estejamos nos direcionando a eles.
Assim, a mensagem dessa carta para a nossa meditação diária é para não darmos valor apenas às grandes coisas ou acontecimentos surpreendentes, já que podemos transformar pequenos atos do nosso cotidiano em bençãos ou oportunidades para paz, seja fazendo trabalhos humildes e despretensiosos, seja aproveitando coisas bobas ou sem utilidade, como cantar e dançar ou simplesmente contemplar um horizonte.
Em outras palavras, você não precisa ser inteligente, perspicaz e alerta o tempo todo. Basta ser simples e praticar a aceitação. Com certeza tudo ficará mais leve e no fim, você poderá demonstrar seu total potencial mais facilmente que antes, quando apenas cobrava de si o máximo, mas não se alegrava com nada.