Recentemente recebi um email que me relatava sobre o fato de que muitas pessoas que trabalham com cartomancia possuem vidas confusas e, por isso, ficam constantemente doentes. Assim, a pessoa queria saber o que eu fazia para me manter em equilíbrio.
Como se trata de uma questão interessante e um fato que eu também já notei em colegas, coloco minha resposta abaixo sobre o que faço para não me contaminar durante as consultas:
Respondendo sua dúvida, eu tento levar o Tarô da forma mais profissional possível, não me apegando, nem sofrendo com os problemas dos consulentes. Afinal, é muito normal a gente ter empatia e compaixão pelos sofrimentos alheios, acabando por confundir as coisas e, no processo, se desgastando.
Por isso, as pessoas que acabam ficando mal (e doentes) nesta profissão são justamente aquelas que acham que somos ou devemos ser amigos dos clientes, não impondo nenhum tipo de limite a eles, seja atendendo a qualquer horário, seja repetindo a mesma pergunta, só para que se acalme ou batendo papo ao invés de ler as cartas, etc).
Na verdade, os consulentes nada tem a ganhar com isso, pois neste movimento, acabamos perdemos a objetividade e imparcialidade, até porque nosso trabalho não pode ser confundido com o de um médico ou psicólogo, mesmo que nossas leituras muitas vezes esbarrem nestas áreas.
Isso não significa, porém, que eu esteja 100% imune à energia das pessoas que consultam comigo. Se a pessoa está muito desesperada, irada ou inconformada, eu acabo sentindo. Então, tento não atender pessoas que estejam muito afetadas emocionalmente, encaminhando-as para suas famílias, amigos ou terapeutas, que são as pessoas mais indicadas no momento, do mesmo modo como não faço consultas se estou me sentindo cansada. Nestas horas, é melhor atender menos pessoas, mas com tranquilidade, do que ficar recebendo uma pessoa atrás da outra.